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Projeto Conferências Dançantes

O Coletivo Areia: pesquisa artística e criação em/com dança realiza, de fevereiro a outubro de 2023, uma série de “conferências dançantes”em diversos equipamentos e espaços culturais de Fortaleza. As conferências fazem parte do projeto de Pesquisa Artística e Extensão Conferências Dançantes – movidas pela interculturalidade crítica, coordenado pela artista e professora Emyle Daltro, vinculado aos Cursos de Graduação em Dança e à Pós-Graduação em Artes, ambos da Universidade Federal do Ceará (UFC), com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e do Teatro Paschoal Carlos Magno, da mesma universidade.

O projeto está sendo realizado desde o início do ano de 2022 e segue acontecendo em 2023, agora apoiado e financiado pela Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (SECULT) através do XII Edital Incentivo às Artes (categoria Dança).

Compreendemos como “conferência dançante” a apresentação realizada por uma pessoa ou coletivo, em que o público é convidado a intervir livremente, tornando a conferência um processo de composição coletiva, uma vez que o público é convidado a improvisar a partir de como é afetado pela proposição de cada conferencista, assim como a proposição da/o/e conferencista é modificada pelas intervenções do público. A noção de conferência dançante nos interessa por vários motivos, um porque aproxima público e conferencista numa produção coletiva de discurso, o que nos remete a modos de fazer de poéticas afro-brasileiras e indígenas, reconfigurando o lugar de conferencistas e espectadores. Reconfigura também a noção hegemônica de conhecimento e de como produzi-lo, pois, subvertemos, por exemplo, regimes de atenção que primam pelo foco, pelo pensamento objetivo e utilitarista e apostamos nos funcionamentos de uma atenção flutuante, aberta e concentrada – proposta pela pesquisadora Virgínia Kastrup –, propícia à criação, bem como na improvisação instantânea em dança e em discurso capaz de provocar outros modos de construção e partilha de saberes. A interculturalidade crítica – proposta por Catherine Walsh –, que move o projeto, tem um significado fortemente ligado a um projeto social, cultural, educacional, político, ético e epistêmico em direção à decolonialidade que pode nos conduzir a um mundo mais justo, onde possa haver espaço e tempo para que mais coletivos criadores emerjam. Walsh contrapõe a interculturalidade crítica ao multiculturalismo neoliberal, informando-nos que a interculturalidade crítica “parte do problema do poder, seu padrão de racialização e da diferença (colonial, não simplesmente cultural) que foi construída em função disso.” Para a autora, o interculturalismo funcional, que é como ela se refere ao multiculturalismo neoliberal, responde e integra os interesses e necessidades das instituições sociais; já a interculturalidade crítica, contrariamente, é uma construção de e a partir das pessoas que sofreram uma histórica submissão e subalternização.

Em 2023, o projeto contou com a participação da cantora, compositora e pesquisadora Simone Sousa, no mês de fevereiro; do mestre de capoeira, antropólogo e professor da Licenciatura em Sociologia da Unilab-Redenção/CE, Ricardo Nascimento, em março; doartista e educador colombiano, diretor da La Corporación Cultural Atabaques, Wilfran Barrios Paz, em abril; de Maria Acselrad, dançarina, performer e antropóloga, professora do Curso de Dança e da Pós-graduação em Antropologia, ambos da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), que propôs uma conferência dançante no Museu da Imagem e do Som (MIS), em Fortaleza, no mês de maio; de Cecília Calaça, artista visual, pesquisadora da Arte africana tradicional e Afro-brasileira, doutora em Educação pela Universidade Federal do Ceará – FACED/UFC, Fortaleza/CE, Mestra na área de Artes Visuais pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – UNESP, São Paulo/SP, no mês de junho; de Wilbert Santos, multiartista, integrante do Coletivo Bonja Roots e do Maracatu Nação Bom Jardim, atuante no campo das artes, produção cultural, direitos humanos, ancorando seu fazer numa perspectiva artística-comunitária, onde a arte e cultura são ferramentas contra quaisquer tipos de violência e racismo estrutural, no mês de julho, e da mestra Carla Mara, militante, feminista, Mãe, Avó, mulher do Axé, está presidenta da Associação Zumbi Capoeira – AZC, onde orienta o Coletivo de Mulheres AZC e o Diversidade LGBTQ+AZC, representa o Conselho de Mestras e Mestres da Capoeira, integra o Coletivo de Mestras do Ceará, entre outros movimentos, no mês de setembro.

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Neste mês de outubro, quem irá propor a conferência dançante éKlévia do Iguape,presidente do Coco de Praia do Iguape com Mestre Chico Casueira, coquista, brincante e militante da cultura popular, artesã, dançarina, líder comunitária, arte educadora, produtora cultural.

Mensalmente, um desses conferencistas estará à frente de uma conferência dançante, aberta ao público, em diálogo com suas vivências e saberes.O projeto pretende-se itinerante e, por isso, vem ocupando diferentes espaços e equipamentos culturais de Fortaleza.

Um formulário de inscrição online é disponibilizado nas redes sociais do Coletivo Areia e no site dos cursos de Dança da UFC. As inscrições para participação são gratuitas e realizadas mensalmente, podendo ser efetivadas também minutos antes do início do evento, no local de cada conferência.Haverá emissão de certificado de participação para cada conferência.

 

Conferência dançante com Klévia do Iguape

na Escola Porto Iracema das Artes, Fortaleza, CE

03/10/2023, terça-feira, das 19h às 21h

Neste mês de outubro, a ação será proposta porKléviaCardoso, carinhosamente conhecida como Kléviado Iguape, presidente do Coco de Praia do Iguape com Mestre Chico Casueira, coquista, brincante e militante da cultura popular, artesã, dançarina, líder comunitária, arte educadora, produtora cultural.

O Coco de Praia do Iguape com Mestre Chico Casueira atravessa gerações tradição passada de pai para filho heranças de seus antepassados.A dança é envolvida pelo som do carrom com seu sapateado quente não deixa ninguém ficar parado.Seus integrantes são pescadores e suas roupas são rústicas pintadas na mata, com tinta extraída da casca do cajueiro.Os versados são raízes trazidas de longe e sua letra conta a vida do cotidiano dos pescadores. O grupo mantém a tradição e sua originalidade pois assim representam a cultura do seu povo, maior motivo de orgulho para eles.A missão do Coco de Praia do Iguape com Mestre Chico Casueira é manter e repassar para os mais novos a sua cultura.

A conferência dançante com Kléviaserá realizada no dia 03/10/2023, terça-feira, das 19h às 21h, no pátio da Escola Porto Iracema das Artes, Fortaleza, CE.

TÍTULO DA CONFERÊNCIA DANÇANTE: Pés que contam histórias

Inscrições gratuitas:

As inscrições são gratuitas e realizadas através de formulário disponível nas redes sociais do Coletivo Areia (https://coletivoareia.blogspot.com/2022/01/noticias-e-eventos.html) e no site dos cursos de Dança da UFC (https://danca.ufc.br/pt/projetos/), ou através de link de acesso direto: https://forms.gle/DPfdVrzvERJhAUGY9

 

Orientamos o uso de roupasflexíveis que permitam a movimentação, bem como levar uma garrafinha com água para beber.

Podem se inscrever estudantes de dança, música, artes visuais, teatro, entre outras linguagens artísticas; artistas; brincantes, professores/as, pesquisadores/as de diferentes áreas e demais interessados/as.

A conferência dançante será filmada por um técnico em audiovisual participante do projeto, para que mais pessoas tenham acesso aos conteúdos mobilizados e possam acompanhar e aprender, mesmo que posteriormente, com esse processo de composição coletiva. Ao final do projeto, um vídeo será produzido, gerando um produto artístico que poderá também ser usado para fins didáticos no âmbito do ensino nas artes, fornecendo caminhos para a instauração e o desenvolvimento de processos de experimentação, improvisação, composição, aprendizagem e criação artísticas, bem como difundindo processos e achados dessa pesquisa artística tecida coletivamente.

 

Ficha técnica do projeto

Coordenação: Emyle Daltro 

Proponente: Antonio Layton Souza Maia

Produtor executivo: Jota Júnior Santos

 

Integrantes/pesquisadores do Coletivo Areia:

Antonio Layton Souza Maia

Catherine Furtado dos Santos

Emyle Daltro Pellegrim

Érica Evangelista Ribeiro Vieira

Francisco Rubéns Lopes dos Santos

Iury Natasha Vieira de Oliveira

Janaína Martins Bento

Juliane Gonçalves Queiroz

Rosa Ana Fernandes de Lima

 

Bolsista: Ângelo William

Registro audiovisual: David Francisco Rocha Leão

Design gráfico: Lucas Campos

Fotografia: Dan Pelegrin

 

Serviço

Projeto“Conferências dançantes – movidas pela interculturalidade crítica”

Pés que contam histórias – conferência dançante com Klévia do Iguape.

03 de outubro de 2023, terça-feira.

19h às 21h,na escola Porto Iracema das Artes, Fortaleza, CE.

 

Inscrições gratuitas pelo link:https://forms.gle/DPfdVrzvERJhAUGY9

 

Mais informações: https://coletivoareia.blogspot.com/

Contatos: coletivoareia.danca@gmail.com / emyledaltro@ufc.br / antonio.layton@uece.br

Instagram: @coletivoareia            

Celular/whatsapp: (85) 99600-0234

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